Beleza Revolucionária do Caos
14:03
Acredito que nada é mais belo
que uma alma bonita,
um cérebro sagaz,
um sonho que se tem.
Vejo beleza em seres que
outros seres dizem não haver.
Não enxergara o dom que há dentro de si.
Dentro deles.
De dentro pra fora.
Não vê que a falta de dinheiro,
ou de trajes limpos, macios e bem cuidados,
não se compara ao ser sonhador.
Acredito que sonhar seja a manivela da vida.
Pelo menos aconteceu assim pra mim.
Eu não queria viver,
não tinha sonhos
ou um dom de Deus.
Um dia dormi e sonhei.
Venho sonhando até hoje sem dormir.
Penso que a beleza é relativa, diferente do julgamento.
O julgamento é unicamente duro,
não há pudor em sua perspectiva.
Há um vazio.
Um vazio sombrio que o renegara da luz.
Não vejo beleza em espíritos que apontam aos espíritos;
Porem vi certa beleza no caos, na pobreza,
a forma como ela faz a coisa acontecer;
o poder de criar uma cultura marginalizada e a forma de ser forte à essas margens.
Há beleza nos lixos da cidade.
No olhar triste e distante da Márcia,
moradora de rua a qual devo uma visita.
E o que faz uma pessoa bonita?
Ter grandes ou pequenos olhos; ou lábios maiores que os olhos;
cabelos lisos e compridos; ou curtos e crespos poderosos;
usar a menor, a maior, numeração ou a numeração padrão para ser gostosa...
Gostosa é relativo pra mim também.
Já que saborear pessoas é igual uma comida
que parece apetitosa mas mal feita, onde o tempero não agrada.
Bem, a única beleza que eu vejo na desigualdade é a sede de revolução.
Essa sim me é belíssima.
E por isso consigo ver beleza no caos.
Aquele que, volta ou outra, menciono.
É a beleza da luta e da fé do povo.
Aquele lema: pobre sofre, mas vive.
E quem determinou o que é bonito que venha se resolver comigo!
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