Eu também pago essa dívida.

08:29


Estou na Noia

Porra... é que sei lá. A vida anda complicada demais, pesada demais, eu mal posso suportar. Dizem que estou sendo forte, mas no meu reflexo só vejo um ser fraco e mal-amado. De olheiras gritantes, lábios partidos e postura cansada.

Evito os escritos por parecer lamentos dramáticos, desnecessários. Mas as palavras fogem do controle... Ao menos as escritas não me sufocam, contrariando as palavras que almejam ser ditas, no que minha língua engasga, como num ataque epiléptico.

Carregando o peso de ser alguém.

É foda, e eu sei que para muita gente é muito pior e possuo alguns privilégios ou sorte, os dois talvez. Mas é que... Eu não sei.

Mas é que... é que parece que eu não posso não saber. Que já foi a vez, a bola, a idade, a fase. O mundo me cobra certezas, e eu, de gêmeos, não sei o que quero e o que não quero. Uma hora é uma coisa, depois não mais. E me apego, desapego com facilidade.

Talvez se eu gritasse levariam a sério. Mas não grito porque algo impede, prende... Deve ser o que me sufoca o pescoço. Engarguela. E todo o passado e suas cicatrizes ameaçam desatar os pontos da cirurgia diária. Eu não quero nem imaginar se eles estouram... pensa só, a hemorragia...

Me entende?

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